A artista russa Svetlana Petrova agitou o mundo das artes quando em 2014 adicionou o seu gato, Zarathustra, a pinturas clássicas conhecidas. Um grande gato de cor gengibre-tigre foi adicionado digitalmente a pinturas que datam de há tanto tempo até ao Antigo Egito. Conseguiu, assim, ser um sucesso na Internet. Petrova 'colocou' Zarathustra em obras de Chagall, Da Vinci, Dali, Botticelli, entre outros, e quer adicioná-lo a muitas mais! Ela acha que o seu gato é um artista natural, que posa bem para as suas fotografias e está convencida que Zarathustra sabe que está a fazer arte. Um felino que é sempre muito amistoso para todos os fotógrafos que querem retratá-lo.
Zarathustra na pintura de Katsushika Hokusai 'Great Wave off Kanagawa'
A Mona Lisa com Zarathustra
Zarathustra o gato na pointura de Botticelli 'O Nascimento de Vénus'
Um Zarathustra voador numa pintura de Chagall
Uma versão felina do American Gothic feat. Zarathustra o gato
Zarathustra deitado com a Vénus deUrbino na pintura clássica de Tiziano (Fotografias: Svetlana Petrova/ Fatcatart)[via www.cbc.ca]
Dez é a percentagem que utilizamos da capacidade total do nosso cérebro. Apenas dez. Talvez seja possível utilizar um pouco mais, provavelmente com treino. Existe apenas um animal à face da Terra - aliás, e mais precisamente, no mar - que utiliza o dobro : o golfinho. As suas capacidades são diferentes das dos humanos, que utilizam os seus meros dez para pensar, falar, grandes feitos e muitos outros defeitos.
Este mamífero marinho não a utiliza para os grandes (e)feitos que a Humanidade conseguiu, mas talvez seja por isso que não se possa culpar o golfinho pelas tantas e estúpidas guerras. Daí que o mundo esteja tão mal (ou bem) como está. Não é por causa deles que precisamos de reciclar tudo e mais alguma coisa, que o clima esteja completamente louco ou a caminhar para uma insanidade que mata milhares de pessoas e outros seres vivos - animais e não só - todos os dias. Como Humanos, queremos crer que o que fazemos todos os dias nos faz mais feliz. Mas quem nos diz que não são eles, os golfinhos, - esses outros animais que não são peixe nem totalmente carne - quem realmente é feliz?
Isto a propósito de um dos filmes que vi o ano passado e que entrou diretamente para o meu ranking dos melhores desse ano : Lucy(2014) do visionário Luc Besson, que tem o dom de me maravilhar, primeiro, com os seus filmes, e depois me fazer refletir sobre eles e os assuntos que levanta através deles. Para mim, isto é bom cinema, mesmo que o faça com uma pitada - ou doses avantajadas - de ficção científica, que nunca se consegue saber se é assim tão ficção ou se deixa muito a desejar à ciência. Não importa. Neste filme, em que Luc mistura um pouco de Matrix com Star Wars, ou até Kill Bill, mais uma vez ele coloca a protagonista que dá nome ao filme, desta vez sozinha, sem um Bruce Willis que a ajude na vingança que procura (relembro a Mila Jovovich de O Quinto elemento). Vingar-se do quê?
A trama começa quando Lucy - que também foi o nome que deram à primeira primata da História - é colocada numa situação de tráfico de CPh4, uma substância que cria micro explosões no cérebro e alucinadamente aumenta a capacidade mental de quem a consome. Depois de ser obrigada a colaborar com um poderoso e misterioso gang asiático, fica, tal como um animal numa armadilha ou como uma presa, à espera do seu predador. É-lhe colocado no interior da barriga um saco com esse narcótico - o mesmo que um feto recebe da mãe em doses mínimas durante a gestação e que aumentam exponencialmente o seu desenvolvimento, sobretudo mental. Quando é espancada por um dos membros desse gang, o saco rebenta e a substância espalha-se pelo seu corpo, criando uma alucinante viagem interna pelas suas capacidades, que obrigam a ver o mundo de outra forma, diferente do formato com que habitualmente vemos o mundo.
Se os Humanos com dez porcento já causam tantos danos, imagine-se se conseguissem utilizar um pouco mais da sua capacidade mental! Mas ainda bem. Dez porcento é perfeitamente suficiente para sermos os seres (in)inteligíveis que nos tornámos e muitas dores de cabeça já nos provocam. O problema são mesmo as pessoas que nem sequer se esforçam para utilizar metade que seja dessa capacidade e tornam o mundo um sítio menos bom para se estar e viver. Claro que haverá sempre aquelas 'inteligências' raras que a utilizam para o mal. Mas prefiro pensar que ela - a inteligência - tem o propósito de nos tornar pessoas melhores.
Ainda assim estou cada vez mais convencido da máxima que reza que
"A ignorância é uma benção."
(Do poema de Thomas Gray, Ode on a Distant Prospect of Eton College (1742): "Where ignorance is bliss, 'tis folly to be wise.")
(Caso não consigas visualizar o trailer, clica aqui)
Birdman levou quatro Óscares : Melhor Filme, Melhor Realizador (Alejandro Gonzáles Iñárritu), Melhor Fotografia e Melhor Argumento Original. Empatado com The Grand Budapest Hotel, que levou quatro prémios na área técnica. Boyhood leva 'apenas' um, que foi para Patricia Arquette (Melhor Atriz Secundária). Julianne Moore finalmente também já é uma atriz oscarizada, assim como o jovem Eddie Redmayne (A Teoria de Tudo) e o veterano J.K. Simmons (Whiplash). Abaixo atualizo a lista que já publicara com os nomeados. Agora, com os efetivos Vencedores.
Michael Keaton (Birdman)
The Grand Budapest Hotel
NOMEADOS (com os MEUS VENCEDORES) Do que menos gostei Oao meu vencedor OOOOO- O(ainda) não vi