domingo, 13 de abril de 2014

12 anos escravo de amor


Foi ali, bem ali, naquele banco, que esperei pela primeira vez por ti. 
Lembro o momento, o sol, os minutos de ansiedade, acrescidos por não ter telemóvel. Não foi assim há tanto tempo, mas faz tempo que eu sei que és o sentido único na estrada que vai do coração para o amor e que passa pelos nossos corpos.
E se já vivemos tanto, se os álbuns e os momentos se acumulam, são poucos para o que espero ainda viver na tua companhia.
E se hoje não escrevo um poema e esta carta de amor não pareça propriamente sê-lo, é apenas porque não tinha de ser. Porque entre o ser e o sentir, senti assim, sem rimar muitas palavras com o verbo amar que nos junta ainda.
Torna-se muito difícil tentar escrever quando a única inspiração és tu, quando tu és muito mais do que as palavras que alguma vez foram inventadas.
És isso para mim: a palavra que nunca foi escrita mas que vou desenhando à vontade e com vontade de nunca acabar de escrever. És muito mais para mim: tanto que não caberia nos oceanos deste mundo, nas crostas de tantos planetas, nas asas de todas as borboletas (olha, rimei, sem querer - o que prova que quando se sentem as palavras saem de nós sob as formas que não podiam sair se fossem demasiado forçadas). Tanto, tanto te amo, dizia eu, que cabe em dois pequenos corpos que são nada e são a vida que dá sentido a esta união.
Podia fazer-te um like, partilhar uma fotografia ou uma frase feita, mas prefiro colocar um post na tua vida, com a minha própria vida.
Não preciso fazer olhinhos de Kitty para que saibas o que me vai na alma. Prefiro fingir que adormeço em qualquer canto ao pé de ti, nos teus braços, junto a mim.
Foi naquele banco, aquele ali, e não noutro qualquer. Porque só aquele fez sentido, porque só naquele foi sentido o que ainda, e cada vez mais, sinto por ti.

Enviado do meu iHeart


Inspirado em: ti

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