sábado, 12 de abril de 2014

O luso-indiano e a pseudo-luso-brasileira

E todos os (pseudo-reais) comentadores que não vão estar em horário nobre mas num nobre horário das redes sociais

Abre um concurso literário. Há um prémio. Há concorrentes.
Decide-se o vencedor. Entrega-se o prémio. Agradece-se. O agradecimento é... diferente. A democracia manifesta-se. O corpo diplomático agita-se, contorce-se nas cadeiras. Os jornalistas não jornalistam nada.
O que fazer? "A ditadura acabou", suspiram 'eles'. Vem a elegância diplomática:
- Seja grata; não se individe; emigre, se quiser, ou se não tiver trabalho ou, apenas e só, se já não tiver que comer; mas não desanime, não está só: está com quase um milhão de portugueses; mas não estribuchem; afinal também entrámos na vaquinha para o prémio prémio; vá lá, não seja «primária»!
Pediu o «secundário», que até já tinha passado pelo ciclo e pela universidade e pela vida.
Os pseudo-comentadores dividem-se entre os que atacam o brasileirismo da notícia e os que defendem que a autora não é brasileira. Entre os que não têm nada contra os brasileiros ou indianos (ou taxistas ou talhantes), e os que riem ironicamente pensando que ela, enquanto brasileira (que o é tanto como eu, que nasci no norte de Portugal), não devia receber o prémio no nosso país. E vêm as frases feitas e provérbios de trazer pelos fóruns e redes sociais:
"A ignorância é a arma dos burros", rezam uns, "Fala de bolso cheio", atiram outros.
Ah... que bem que se está na democrática rede que nos une e desune!
Meus caros, se não gostam, façam como diz 'a outra': "Peçam para sair e saiam."
E para terminar, vem o smile da praxe para aligeirar o post e fingir o tom humorístico. :)

Inspirado em: "Secretário de Estado da Cultura ofende escritora Alexandra Lucas Coelho"

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